quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Dupla de Pumas quase ataca corredor!


Imagine que você está correndo por entre a floresta e surgem dois pumas em sua direção! Pois foi exatamente isto que que aconteceu com o corredor Donny Stone, que postou o flagrante em sua conta no YouTube, relatando que o fato aconteceu enquanto corria em Northern Alberta, região localizada em uma província de Alberta, no Canadá,

Na descrição do vídeo ele comenta que assim que avistou os pumas, já tirou seu spray contra ursos, sua faca e câmera, a fim de poder filmar e estar protegido.

As cenas estão no vídeo abaixo, mas não espere algo profissional de filmagem, até porque não é este o momento para se fazer algo cinematográfico!

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Pesquisa de satisfação da TRC - Trail Running Club


Nobres corredores e amantes do Trail Running e corridas de montanha!

A TRC Brasil está com uma pesquisa de satisfação em seu site e se você puder ajudar, será de grande importância para o crescimento do esporte!


Bons treinos a todos!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Homem corre uma maratona aos 102 anos!


O que você faria se, aos quase 90 anos, perdesse sua esposa e um filho? Enquanto que a maioria de nós iria sucumbir à depressão e às dificuldades da idade, o indiano Fauja Singh decidiu ir para a Inglaterra e lá encontrou na corrida uma forma de aliviar seus traumas e tristezas. Dos 89 anos aos 102, ele venceu provas de 10 km, 20 km e finalizou maratonas em diversos lugares do mundo, provando que a idade é mais do que relativa.


Fauja Singh nasceu com uma deficiência que o impediu de andar até os cinco anos de idade e, apesar de ser vegetariano e cuidar de seu corpo, nunca havia praticado esportes com afinco. Foi ao encontrar Harmander Singh, seu técnico e mentor, já na Inglaterra, que começou a correr e a levar as provas a sério. Em 2003, aos 92 anos, ele completou a Maratona de Toronto, no Canadá, em apenas 5 horas e 40 minutos. Oito anos depois, ele cruzou a mesma linha de chegada para ser o primeiro maratonista centenário do mundo – ele só não foi reconhecido pelo Guiness World Records pois não possui uma certidão de nascimento, embora em seu passaporte conste a idade.


O indiano, que ficou conhecido nas provas como “O tornado de turbante”, devido ao turbante Sikh que utiliza, decidiu se aposentar aos 102 anos, após correr uma prova de 10 km em Hong Kong, na China. Todas as provas em que ele participou em sua curta, porém intensa, carreira como maratonista eram voltadas para organizações de caridade. “Há duas coisas nobres a se fazer na vida: uma é fazer caridade e a outra é cuidar de seu corpo“, afirma Fauja, que hoje, aos 103 anos, limita-se a caminhar de 3 a 4 horas por dia.




*Retirado do Hypeness
** Fonte da imagem de capa: http://a.espncdn.com/photo/2013/0221/otl_fsingh03.jpg

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Inspire-se! De 0 a 42km em 8 meses!


Dezembro e Janeiro de 2014, férias, praia e eu acima do peso ideal - não muito além, mas o suficiente para que as calças já não entrassem com facilidade e algumas outras peças do vestuário ficassem apertadas. A situação não me agradava, pois o pequeno sobrepeso e "barriga" não eram coisas que eu gostaria de ter comigo. Resolvi, então, voltar a correr (aos 17 anos comecei pelo mesmo motivo, mas não dei sequência).

Uma semana de cada vez - primeiro alguns trotes intercalados com caminhada; depois, adquirindo confiança, algum esforço além do normal; após algumas semanas, o que anteriormente era um sacrifício, se tornou um meio para o fim: mais saúde e melhor condicionamento físico.

Em meados de março, creio, fiquei sabendo de uma corrida que aconteceria em Urubuci/SC, na data de 14 de junho deste ano. O problema é que tal corrida teria a distância de 52km, sendo metade deles, literalmente, subindo morros. Refleti, analisei, e resolvi treinar forte para isso. Resumindo a história, me lesionei devido a tanto esforço, uma vez que meu corpo não estava acostumado a isso. 

"Sonho" frustado, quase 1 mês parado, era tempo de recomeçar; se já estava correndo quase 30km (nos treinos longos), agora era tempo de retornar ao primeiro quilômetro e entender o porquê me lesionei. Lendo, conversando e buscando informações, consegui entender: má postura, má pisada, péssima dinâmica durante a corrida... E lá comecei a "aprender a aprender". Tirei os tênis e corri algumas vezes descalço, a fim de aplicar a forma correta de pisada; passei a treinar o descer de morros numa cadência não tão brusca e usando as pernas da maneira como se deveria fazer.

Corridas aqui e acolá, sem nenhum objetivo em mente (o que me prejudicava nos treinamentos), pois havia desistido dos 52km anteriores, de repente ouço falar no Soloman Bombinhas 2014, uma maratona entre trilhas e praias com paisagens alucinantes (clique no link anterior), as quais muito me apeteceram. Todavia, um problema surgiu: eu não era páreo para correr 42km, ainda mais em trilhas íngremes! "Não importa", pensei, "o importante é estar lá e ver o que acontece".

Chega, finalmente, o grande dia. Eu e minha esposa acordamos às 04:30 e saímos às 05:20 rumo à cidade onde seria a largada. Presenciamos um nascer do sol belíssimo e que muito nos encantou.



Faltando alguns minutos para a largada, me ponho a pensar: "eu deveria estar aqui, tentando correr esta distância toda, sem mesmo ter me preparado adequadamente para ela?" Pouco importou o pensamento, tendo em vista que lá já estava e não era hora de desistir! Minha esposa me beija e que comece a corrida!



Nos primeiros quilômetros a alegria saía pela pele - tudo era novidade. A paisagem belíssima fazia com que qualquer pequeno esforço fosse subjugado a nada e o júbilo era constante. Trilha, costão, praia... tudo era magnífico.

Pouco a pouco chegou o primeiro desafio genuíno: um enorme morro (para mim, ao menos) com subida constante durante 1km - não teve jeito, tive que caminhar com outros corredores; um bom momento para conversas. Finalizado o morro, entramos na maior trilha da corrida - creio que algo em torno 7km de muita lama e terreno completamente irregular. Durante o trajeto, alternando entre corridas leves e caminhadas, minha coxa começou a dar fortes sinais de que eu estava no local errado, sem a preparação devida e isso que ainda tinham mais quilômetro pela frente! Mas, não havia o que fazer - precisava continuar, pois retroceder não era uma opção e mesmo que fosse, eram vários quilômetros para voltar!

Finalizo a trilha bendita (magnífica, agora em minha memória - enquanto corria, uma angústia que não acabava mais) e chego à estupenda praia de Zimbros. Pergunto à moça que estava indicando o caminho sobre quantos quilômetros era essa posição; obtive a resposta: estava no quilômetro 21 e ainda faltavam outros 21km! 

Sigo em frente, desta vez por um pequeno trecho de praia e novamente uma trilha, desta vez menor. Ali, água direto da fonte natural - sem palavras para o frescor! Porém, a coxa já clamava por sossego e me dizia para parar constantemente; o mental afirmava que deveria seguir adiante, afinal, minha esposa estava na linha de chegada me esperando e eu precisava ir ao encontro dela! As pedras pequenas se tornavam gigantes e cada valo na trilha era um sacrifício a ser vencido.

Volto à praia e me deparo com uma orla "infinita", parecendo não ter fim - e eu precisava ir, no mínimo, até o fim dela. A dor não me permitiria, porém, novamente, desistir, porque minha esposa estava na linha de chegada me esperando! Prossigo, rumo ao proposto.


Andando por toda a orla, com ínfimas corridas, chego ao seu fim e encontro outra pessoa que indicava o caminho seguinte (muitas pessoas ajudaram durante toda a prova - meu muito obrigado a todos!). Pergunto em quanto quilômetros já estava, pois, realmente, cria que não aguentava mais. O rapaz me diz que, possivelmente, estávamos no quilômetro 24. "COMO ASSIM?!" foi o que pensei! Eu andei por toda essa praia e só foram míseros 3km? Não pode ser! Tem que ser mentira! Mas era verdade.

Mais cansado e agora desanimado, com a coxa muito fadigada, sento num banco e fico esperando seja lá o que vier. Se eu tivesse avistado um moto táxi, certamente eu teria solicitado seus serviços. Aguardo sentado, sabendo que alguns corredores vinham atrás de mim - para a grata surpresa, vejo o grande colega (o conheci, primeiramente, pela internet) Rodrigo Ribeiro Rodrigues e sua esposa Bianca, os quais com muita receptividade vieram ter comigo e perguntaram se eu precisava de algo, ao que respondi: companhia para seguir adiante. E assim fizemos - e era hora de encarar outro morro.

Seguimos, eles um pouco à frente, algumas vezes me esperando e eu com a responsabilidade de aproveitar bem a companhia, pois se fosse deixado sozinho, deitaria e esperaria o sono me dominar, a fim de descansar. Do alto do morro, a paisagem era belíssima e tiramos algumas foto.


Trilha abaixo, finalmente! Chega de subir! É hora de descer! Mas, como? Ela, a indomável coxa, não me obedecia. Dizia, gritava, exclamava e quase me obrigava a parar - mas, quem manda sou eu, não ela, dizia minha mente. 

Final da trilha e ledo engano achando que as coisas melhorariam. Agora era tempo de continuar pelo mesmo morro, mas em direção a outro lugar. Recebo um pão de um corredor amigo (obrigado!) e prossigo. Quebro um pedaço de galho e faço um bastão, na esperança de que me ajude na subida. Frise-se: outro morro "infinito", no qual não consegui acompanhar o nobre casal. Segui, então, nada mais a fazer, sozinho, sol na cabeça, mochila que parecia pesar 10kg nas costas e um passo após o outro, pois minha esposa me esperava!

Chego ao fim do morro, após várias horas de exaustão e encontro outra moça gentil que indicava o caminho. Crendo, piedosamente que estava "quase lá", ouço a notícia bombástica: ainda faltavam 10km. NÃO! NÃO! E NÃO! Não podia ser possível! Eu já estava correndo/caminhando há quase 5:30 horas e ainda faltavam 10km? Algo estava errado! Sentei-me sem saber o que fazer.

Para minha esperança, eis que desce do morro um casal de corredores (Cesar e Priscila Carignano), também fazendo a prova e novamente são solícitos para comigo, perguntando se precisava de algo (infelizmente não tenho foto com vocês!) e me animando para continuar a caminhada.

Era o momento de correr pela praia de Mariscal, outra orla "mais que infinita". Seguimos trotando e a coxa já não existia - era tudo mental (o restante do corpo estava bem - graças!). A perna obedecia os comandos do cérebro, embora eu não saiba como ela se movesse. Trotamos, andamos, apreciamos a paisagem e seguimos caminhando. O casal foi bondoso para comigo e repartiu algumas guloseimas que tinham trazido, a fim de conceder um "novo gás" (qual, ó céus? tudo já se tinha ido!).

Chegamos ao final da praia e adivinhem? Mais morro! Sim! Era tudo o que eu desejava! Mas antes de o subirmos, novas pessoas indicando o caminhando e fornecendo água - tomei um copo, joguei outro sobre mim e levei um terceiro na mão, talvez como uma espécie de esperança. Subimos, subimos e descemos, até finalmente, sim! era o momento, chegamos na última praia (a mesma em que largamos). Algo de estranho, entretanto, acontece: a chegada ficava para a esquerda e nos orientaram a ir para a direita. Não, não era estranho, é que realmente tínhamos que passar por mais uma trilha! Sim! Outra! Mais subida!

Corremos, então, até o final da praia e outra pessoa gentil nos indicou o caminho - ao menos era a última trilha!


Acabamos de a percorrer, eu com a minha coxa invisível, pois não sabia como me movia, e precisávamos percorrer mais alguns minutos até a linha de chegada. Não podia acreditar no que estava acontecendo - estava chegando ao fim! Após todas as incontáveis lutas mentais para não desistir, eis que o caminho finalmente acabava! Tamanha foi a comemoração que sugeri ao casal que chegássemos, evidente, correndo na linha de chegada! Nada de caminhar!


E assim, após 7:19 horas de muita alegria, esforço, vontade de desistir, companheirismo e disposição, finalizei minha primeira maratona em trilhas.


Era hora de voltar pra casa!


Que venha a próxima corrida!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Rocky Man 2014! - Relato do corredor Ernani Souza!



Para quem não conhece, o evento Rocky Man é um conjunto multiesportivo, envolvendo diversos desafios e unindo em equipes, os melhor atletas do mundo. O objetivo é que cada atleta vença em sua categoria (surfe, corrida, skate...) e ao fim a equipe se consagre campeã na classificação geral.

Abaixo, o relato do nobre corredor Ernani Souza, sobre o Rocky Man 2014!

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Rockyman 2014

Em 2013 participei do Rocky Man pela primeira vez. Fui convidado para me juntar a outros amigos e defender a equipe carioca "Pro Ribeiro". Fiz a modalidade individual mountain bike e junto de todos os integrantes da equipe fizemos a canoa polinésia; também fizemos juntos a corrida em equipe. E para finalizar a prova, me amarrei no evento e queria muito participar novamente, mas sabia das dificuldades de conseguir repetir a dose, pois se trata de um evento exclusivo só para equipes convidadas, sendo que cada capitão das equipes escala seus atletas da forma que achar melhor.

Logo no íncio do ano de 2014 vi que o Rocky Man estava agendado para os dias 7 e 8 de novembro. Os meses foram passando e não recebi nenhum convite. A equipe que representei em 2013 também não iria participar. Assim, quando chegamos em outubro, programei uma maratona no exterior e definitivamente não tinha mais esperanças de fazer a prova no Rio de Janeiro.  Pós maratona, tirei uns dias de férias e logo que retornei fiz outra prova longa. No dia 01 de novembro disputei a etapa mineira do Circuito APTR de corridas de montanha e fiz a distância de 25km, vencendo a prova onde terminei o dia bem cansado.

Entramos na semana do Rocky Man e na terça-feira recebi um convite: era a capitã de um dos times brasileiros mais fortes, afinal, a equipe Núcleo Aventura da super atleta Cristina Carvalho foi simplesmente a primeira equipe brasileira a completar o Rocky Man. O atleta que iria fazer a corrida de montanha teve uma lesão e eles estavam precisando de alguém. Não pensei duas vezes e respondi que eu estava disponível, mas coloquei também minha atual condição física - estava vindo de uma maratona, alguns dias de repouso e também de uma recente prova de montanha de 25km, mas ainda assim recebi um crédito positivo e logo fui integrado à equipe que contava ainda com nomes fortes do esporte mundial como o skatista brasileiro, Sandro Dias, o "mineirinho".

Fui para o Rio de Janeiro sabendo da pedreira que iria enfrentar, um start list de respeito com quase todos os melhores corredores de montanha do Brasil e também 5 do exterior. Nossa prova individual teria 32km dentro do Parque Nacional da Tijuca, sendo o ponto máximo da prova a passagem pelo Cristo Redentor em meios aos turistas.

Largamos às 10 horas da manhã. O circuito foi fantástico: 95% trilha, muito calor e umidade. Durante toda a prova me mantive entre os top 5 e seguia brigando pelas primeiras posições. Na metade do percurso, na altura da vista chinesa, devido a uma grande falta de educação de algumas pessoas que retiraram as marcações do percurso, muitos atletas se perderam e tivemos que nos reunir para uma relargada. Feito isso, fomos de novo trilha a dentro, com subidas intermináveis e descidas extremamente técnicas; passou pela minha cabeça um flashback da Kailash Trail Run que aconteceu em Passa Quatro, no mês de abril - os dois eventos tinham na parte técnica pontos bem parecidos.


Completei a prova em 4º lugar geral. Fui o segundo brasileiro a terminar esta modalidade. Nova Zelândia e Estados Unidos ditaram o ritmo e conquistaram as duas primeiras posições. Chico Santos simplesmente sumiu na última descida técnica e no final fiquei satisfeito com minha participação.

Após alguns minutos para recarregar as baterias, juntei-me à equipe, fizemos a canoa polinésia, a corrida em equipe e terminamos a prova em 3º lugar no geral. E novamente a equipe Núcleo Aventura foi a primeira equipe brasileira a cruzar a linha de chegada.


Fiquei feliz por fazer parte do grupo, por contribuir com a equipe e também por conhecer pessoas e lugares lindos!

Fico na expectativa para 2015! Será que receberei outro convite?

* Escrito por Ernani Souza (com exclusividade ao blog Atleta Econômico)
** Fotos fornecidas pelo autor
*** Fonte da do logo na imagem: http://www.adventuremag.com.br/calendario/upload/images/rockyman(1).jpg  

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Existe diferença entre superar e extrapolar limites!


Estamos vivendo em tempos de muita influência da mídia sobre os esportes, isto é, muitas pessoas tem começado a praticar esportes pela quantidade de corridas, por exemplo, que tem sido divulgada. E isso é excelente! É realmente muito prazeroso encontrar inúmeros corredores, ciclistas e outros indivíduos praticando os mais variados esportes! O problema com tudo isso é que inúmeras pessoas acabam achando que superar limites é o mesmo que os extrapolar. 

Veja, por exemplo, as tristes cenas do vídeo abaixo:


Este vídeo é antigo e já foi postado uma centena de vezes nas redes sociais, mas me chamou a atenção quando determinada página no Facebook o divulgou e alguns comentários foram: "Wow! Isso que eu chamo determinação e motivação!" e "Eu admirei sua coragem e determinação". Pois digo totalmente o contrário: não admirei coisa alguma!

Ora, querido leitor, certamente as duas tri-atletas do vídeo (Welch e Ingraham) treinaram muito para chegarem àquela prova que tanto exige dos participantes, todavia, não é possível olhar as imagens e se sentir "motivado", pois que motivação há em tamanho sofrimento? Sim, eu sei que existe sofrimento em todos os esportes e ele faz parte do "jogo", mas creio, sinceramente, que as duas atletas, em vez de superarem seus limites, acabaram o extrapolando.

Por superar limites, entendo aquilo que é feito com cautela, buscando saber que os limites são estabelecidos paraprecaução, nos levando a não ir além, salvo se estivermos muito preparados. Já o extrapolar limites, entendo se tratar de pontos que cada um possui e não se deve ir além deles - por exemplo, seria extrapolar no caso de um iniciante na corrida, mesmo nunca tendo treinado decentemente, resolver participar de uma ultramaratona de 200km. 

E por que isso? Estaria eu dizendo que tal pessoa não tem "determinação"? Evidente que não, apenas que é insensato fazer determinadas coisas em certas ocasiões. É claro que muitas coisas fogem ao nosso controle e, raras vezes, só temos uma opção: ir com dor mesmo! Mas isso é bem diferente do que muitos tem feito, infelizmente.

Desta forma, trace seus limites e a medida que estiver preparando, os supere e lance outros! Entretanto, acautele-se quanto ao extrapolar aqueles que você sabe que não está nem um pouco preparado. Agindo assim, certamente sua atividade será muito mais prazerosa, lhe renderá longos anos de diversão e evitará grandes e perigosas lesões!

Bons treinos!

*Fonte da imagem: http://www.adrianjwalker.com/wp-content/uploads/2014/01/bigstock-Silhouette-Of-An-Exhausted-Spo-56076581.jpg

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Dicas - Pedalar pode ajudar quem corre!


Quando se planeja ou se periodiza o treinamento físico de uma atleta, profissional ou amador, o preparador físico utiliza vários métodos e técnicas aplicadas às capacidades físicas solicitadas em determinado esporte, buscando otimizar a performance. Há muitos que aproveitam outros esportes com o intuito de poupar o atleta do esforço repetitivo da modalidade em que é especialista, prevenindo lesões, ou de complementar o treinamento.

Há um princípio do treinamento desportivo conhecido por especificidade, que considera importante, se não fundamental, a prática do esporte em questão no treino, o que garante resultado em performance. O mesmo deve ser seguido com foco em quase sua totalidade, ou na maior parte do planejamento. Isso é uma constatação.

A corrida de rua, de caráter cíclico e dependente dos membros inferiores, exige que o seu volume (quilometragem percorrida semanalmente) e intensidade (velocidade, altimetria e tipo de terreno) sejam específicos no treinamento, isto é, correr para correr.

No entanto, pedalar tem se mostrado um esporte complementar, de grande valia, sendo a recíproca verdadeira, na preparação física geral e específica do corredor, devido ao seu caráter cíclico, ao condicionamento cardiorrespiratório, ao fortalecimento dos grupos musculares inferiores e superiores e à prevenção de lesões musculares e articulares.

O ciclismo pode ser praticado de forma indoor, através de cicloergômetro estacionário ou outdoor, por meio de bicicleta, em parques, pistas ou estradas. Há sempre a ressalva do mesmo não ser realizado em número maior de vezes na frequência semanal, se a corrida for o seu esporte principal. Duas sessões semanais, alternando com os dias de corrida, com intensidade baixa a moderada, são bem-vindas.

O ato de pedalar complementa o condicionamento cardiorrespiratório, pois pode servir de sessão de recuperação ativa entre os dias de treino de corrida. Na reabilitação e manutenção do condicionamento aeróbico de corredores lesionados o ciclismo não possui contra-indicações. O fato do peso corporal permanecer apoiado num banco (selim) reduz, significativamente, a sobrecarga sobre os tornozelos, joelhos, quadril e coluna vertebral, preservando essas articulações do esforço repetitivo e do impacto com o piso. No âmago fisiológico, a tolerância de glúteos, coxas e pernas ao esforço aumenta, revertendo-se em posterior desempenho.

O volume e a intensidade do seu treino devem ser estabelecidos com base em testes de aptidão física, sob orientação de profissional de educação física especialista, assim como a possibilidade de encaixar uma segunda modalidade como complemento da sua preparação física para correr. Essas preocupações se tornam relevantes porque o ajuste errado do selim e o volume excessivo de treino podem expô-lo também à lesão.

Se você precisa de uma injeção de motivação em seu treino, inclua o ciclismo em sua rotina!

Bons treinos!

*Escrito por Gui Silva
**Retirado do site Somos todos corredores (publicado com autorização)
*** Fonte da imagem: http://www.jenningswire.com/wp-content/uploads/2012/12/bigstock-Mountain-biking-vector-24553349.jpg
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